219

Dificuldades de Aprendizagem Específicas: Conhecer e intervir turma T2-23-24

Apresentação

Nos últimos 20 anos, o nº de alunos/as com dificuldades de aprendizagem específicas (DAE) aumentou consideravelmente (Correia, 1997). Em Portugal passou de umas dezenas de milhar para mais de uma centena de milhar. Constituem mais de metade da população estudantil com NEE. No entanto, tendo em conta um conjunto muito variado de fatores, continuam a ser alvo de uma grande ambiguidade, entregando ao insucesso vários/as milhares de alunos/as. A expressão DAE surgiu da necessidade de identificar um vasto grupo de crianças que embora não apresentasse qualquer tipo de deficiência, apresentava problemas de aprendizagem em algumas áreas específicas. A escola e concretamente o/a professor/a, tem um papel fundamental no processo de intervenção, pois os meios privilegiados para reeducar estes/as alunos/as, passam por fornecer-lhe instrumentos diversos e alternativos na aquisição da linguagem e conhecimentos. Esta formação está pensada para ajudar o/a professor/a a adquirir os conhecimentos necessários para diferenciar uma DAE de outros problemas de aprendizagem e, ainda, dar resposta adequada ao desafio de diversificar as estratégias educativas de forma a abranger as diferentes necessidades do/as s seus/suas alunos/as.

Destinatários

Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.

Objetivos

Dotar os/as formandos/as das competências necessárias para: a) Caracterizar as principais características e os fundamentos neuropsicológicos e psicolinguísticos associadas às Dificuldades de Aprendizagem Específicas; b) Compreender a problemática emocional às Dificuldades de Aprendizagem Específicas e suas repercussões; c) Distinguir os principais sinais de alerta para as Dificuldades de Aprendizagem Específicas; d) Conhecer instrumentos de avaliação; d) Identificar algumas estratégias de intervenção no contexto de sala-de-aula; e) Refletir e reformular práticas pedagógicas.

Conteúdos

Apresentação 1. Introdução às Dificuldades de Aprendizagem Específicas; 2. Dislexia; 3. Disortografia, Disgrafia e Discalculia; 4. Problemática emocional; 5. Intervenção nas Dificuldades de Aprendizagem Específicas; Avaliação

Metodologias

A metodologia de trabalho privilegia um caráter teórico-prático. Ao longo das sessões, serão utilizados os métodos expositivo, interrogativo e ativo. A metodologia de trabalho é de cariz teórico-prático. A dinâmica da sessão está pensada para se partir dos conhecimentos prévios e da prática dos/as formandos/as para uma análise e exploração pormenorizada de cada tema, por forma a valorizar a aprendizagem por autodescoberta, e facilitar a aquisição e assimilação dos novos conhecimentos no processo de ensino-aprendizagem. Paralelamente à formulação de perguntas orais e escritas, e à exposição de conteúdos, haverá sempre lugar à realização de exercícios/trabalhos em grupo ou individuais, dinâmicas de grupo e discussão de casos. Assim, iremos fomentar o trabalho e crescimento individual, mas também o trabalho colaborativo e cooperante, com o propósito de partilhar e ampliar conhecimentos, adquirir competências e desenvolver atitudes positivas face às temáticas abordadas.

Avaliação

- Instrumentos de avaliação dos formandos e respetiva ponderação: - Participação das atividades práticas (30%) - Realização das atividades (30%) - Relatório final de reflexão crítica (40%) - De acordo com o Art 46º do ECD em vigor e as orientações das Cartas Circular CCPFC-3/2007 e CCPFC-1/2008, os formandos serão avaliados com a menção qualitativa de: - 1 a 4,9 valores - Insuficiente - 5 a 6,4 valores - Regular - 6,5 a 7,9 valores - Bom - 8 a 8,9 valores - Muito Bom - 9 a 10 valores - Excelente

Bibliografia

Alegria, J., Leybaert, J. & Mousty, P. (1997). Aquisição de leitura e distúrbios associados. Avaliação, tratamento e teoria. In. Grégoire, J. & Piérat, B. (Eds.). Avaliação dos problemas de leitura: Os novos modelos teóricos e as suas implicações diagnósticas (pp. 105-124). Porto Alegre, RS: Artes Médicas.Antunes, N. L. (2009). Mal-entendidos. Lisboa: Verso de Kapa.Ribeiro, F. (2008). A Criança Disléxica e a Escola. Porto: Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti.- Correia, L. M. (1997). Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Classes Regulares. Porto: Porto Editora.Correia, L. M. (2004). Problematização das dificuldades de aprendizagem nas necessidades educativas especiais, Análise Psicológica, 22 (2).

Formador

Virginia Alberta Meira Ferreira Martins

Início: 21-06-2024
Fim: 16-07-2024
Acreditação: CCPFC/ACC-113439/21
Modalidade: Curso
Pessoal: Docente
Regime: e-learning
Duração: 25 h
Local: ZOOM